Investigação deteta ligações entre a doença da gengivas e o declínio cognitivo na doença de Alzheimer
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Dr. Artur José Carreira
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A periodontite é uma doença comum em pessoas idosas e pode tornar-se mais frequente na doença de Alzheimer por causa da redução da capacidade de cuidar da higiene oral. Em estudos anteriores, níveis mais elevados de anticorpos contra bactérias periodontais eram associados a um aumento dos níveis de moléculas inflamatórias noutras partes do corpo, que por sua vez eram associada a maiores taxas de declínio cognitivo na doença de Alzheimer.
No estudo mais recente, publicado na revista PLOS ONEeste ano, realizado para determinar se a periodontite está associada com o aumento da gravidade da demência e subsequentemente de maior progressão no declínio cognitivo em pessoas com doença de Alzheimer.
No estudo foram observados, 59 participantes com ligeira a moderada doença de Alzheimer. Os participantes foram avaliado cognitivamente e amostras de sangue foram retiradas para medir os bio marcadores inflamatórios no sangue. A saúde oral dos participantes foi avaliada por médicos dentistas sem atender aos resultados cognitivos. A maioria dos participantes (52) foram acompanhados durante seis meses, e no fim desse período reavaliados.
A presença da doença da gengivas no início do estudo foi associado com um aumento de seis vezes da taxa de declínio cognitivo nos participantes durante o período do estudo e acompanhamento (Seis meses). Os autores concluiram que a doença periodontal está associada a um aumento no declínio cognitivo na doença de Alzheimer, possivelmente devido ao mecanismos de resposta ao processos inflamatórios do organismo.
As limitações do estudo são o pequeno número de participantes, os autores recomendam que o estudo deve ser replicado com um grupo maior de pacientes. Os mecanismos precisos pelos quais a doença das gengivas pode estar ligados ao declínio cognitivo não são totalmente claros e também outros fatores pode desempenhar um papel no declínio cognitivo dos participantes juntamente com a sua saúde oral.
No entanto, cada vez mais evidências a partir de um número de estudos liga a resposta inflamatória do corpo a um aumento das taxas de declínio cognitivo, sugerindo que valia a pena verificar se o tratamento da doença das gengivas pode também beneficiar o tratamento de demência e da doença de Alzheimer.
fonte: http://www.jornaldentistry.pt
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Carreira
- Dr. Artur José Carreira
- São Paulo, Butantã, Brazil
- Graduado e especializado pela USP, clínico há 25 anos, mestre,professor por 12 anos da UCCB, ministrador da APCD,professor de pós graduação e especialização.