Lasers são os novos combatentes do mau hálito
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Dr. Artur José Carreira
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O
cheiro desagradável que sai da boca é uma condição que acomete boa parte da
população. Dados da Associação Brasileira de Halitose apontam que mais de 50
milhões de brasileiros têm ou já tiveram mau hálito. Para combater o problema,
o laser se apresenta como a mais recente alternativa. Utilizados pelos
profissionais da odontologia em tratamentos contra a halitose, procedimentos
com laser vêm apresentando resultados bem satisfatórios.
Causas
Segundo o
estudo “A terapia fotodinâmica como um novo tratamento para a halitose em
adolescentes”, realizado por Sandra Kalil Bussadori, professora do curso
de odontologia e de programas de mestrado e doutorado da
Universidade Nove de Julho, a causa do mau hálito está na emissão de gases oriundos
das bactérias presentes na boca. A concentração desses gases é um indicativo
para o diagnóstico da halitose. A análise da especialista aponta ainda que
boa parte dos casos são de origem intra-oral e ocorrem principalmente pela
presença de saburra lingual, mais conhecida como “língua branca”. “O
problema da halitose vai além do mau cheiro e provoca, na maioria das vezes,
uma influência negativa no convívio social e na autoestima da pessoa. É
comum vermos pacientes que sofrem com esse tipo de problema ficarem retraídos e
se isolarem”, afirma a pesquisadora.
Laser
como tratamento
A
terapia fotodinâmica antimicrobiana (PDT) é feita por meio da aplicação de um
corante não tóxico na parte posterior da língua, juntamente com um laser que
interage com esse corante. A reação da luz com o corante libera espécies
reativas de oxigênio que destroem as células bacterianas presentes na
saburra lingual e, por consequência, a halitose do paciente.
Segundo
Sandra Kalil, a grande vantagem da PDT frente ao tratamento convencional – que
consiste na remoção química e mecânica da saburra lingual com a utilização de
enxaguatórios e raspadores de língua – é que ela não lesiona as papilas
linguais. “Além de ser indolor e de baixo custo, com o laser é possível atingir
as colônias bacterianas que se encontram nas irregularidades das papilas. É um
método bastante promissor que deve ser feito em conjunto com uma boa
higienização, além dos controles preventivos periódicos no cirurgião dentista”,
finaliza a especialista.
Sponsor
Carreira
- Dr. Artur José Carreira
- São Paulo, Butantã, Brazil
- Graduado e especializado pela USP, clínico há 25 anos, mestre,professor por 12 anos da UCCB, ministrador da APCD,professor de pós graduação e especialização.